top of page

A história dos cosméticos

Atualizado: 27 de jun. de 2020

Pra que a gente possa entender essa diferença precisamos antes de mais nada saber,

O que é um cosmético? E conforme o órgão no Brasil chamado de Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) ele define os produtos cosméticos da seguinte forma:

Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado (Anvisa, 2005).


Ótimo! Então agora vamos começar falando da pele,o que é e como os cosméticos agem nela?


A pele é o maior órgão do corpo humano funcionando como barreira. No entanto, dependendo de vários fatores, pode ser vulnerável a alguns agentes, como infecções, alergias e traumas. A propriedade de barreira (defesa) da pele varia com a espessura, a permeabilidade, o local anatômico, o meio ambiente e a capacidade desta a reagir imunologicamente (MOTTA et al., 2011).


Em outras palavras a nossa pele nos protege, nos mantém aquecidos e ela tem a capacidade de absorver tudo o que colocamos nela. Então isso significa que tudo que a pele absorve vai pra dentro do nosso organismo? A resposta é SIM!!!






Mas, você sabia?? Que nosso organismo acumula por ano quase 2,5kgs de químicas, decorrentes do uso desses cosméticos?(Fonte:Consumidor moderno da uol).


E que existem mais de 82 mil ingredientes nos cosméticos, dos quais 1 a cada 8 são pesticidas, carcinogênicos e tóxicos para o sistema hormonal e reprodutor? (livro beleza feita em casa)


Pois é...essa é a mais pura realidade, ao longo da nossa vida desde o nascimento , usamos cosméticos cheio de químicas nocivas e que conforme vamos crescendo o números de produtos só aumentam e o perigo cresce junto, doenças como dermatite tópica, ovário policístico, infertilidade , obesidade mórbida, diabetes, hipertensão, câncer de mama, de ovário, útero, bexiga, e até DEPRESSÃO! entre outros estão comprovados e evidenciados através de muitos estudos científicos e na literatura.


É só perguntar para algum idoso se na época deles ouviam falar sobre tantas doenças como temos hoje? ou se eles usavam tantos cosméticos como nós usamos ?


Então fica a pergunta, porque ainda consumimos esses produtos sem saber o que que tem dentro do frasco?

E mesmo se a gente ler os rótulos fica impossível entender o significado daqueles nomes horrorosos e enormes...


Então como saber o que é bom e o que é ruim? o que realmente estamos passando na nossa pele? de onde vem e o que são essas químicas todas?


Para que você comece a entender um pouco mais sobre esse assunto tão intrigante assista o vídeo da História dos Cosméticos que deixarei o link abaixo, e depois continuaremos com nosso bate papo!


Depois que você assistir leio o próximo post.





Não poderia escrever sobre cosméticos, saúde e beleza, sem antes examinarmos um pouco da história.


Há muitos fatos interessantes para contar sobre a história da beleza, muitos segredos a desvendar, até chegar aos mais modernos conceitos do mundo atual.

Se pesquisarmos sobre a história dos cosméticos existem várias teorias na literatura, por exemplo a palavra cosmético deriva da palavra grega kosmetikós, que significa “hábil em adornar”.


Já a palavra higiene vem da deusa grega Higéia e diz respeito a conservar a saúde.

Esses conceitos já passaram por diferentes significações dependendo do período histórico.

Existem algumas evidências arqueológicas sobre o uso de cosméticos para embelezamento e higiene pessoal desde 4000 anos antes de Cristo.


Os primeiros registros foram os egípcios, que pintavam os olhos com sais de antimônio para evitar a contemplação direta do deus Ra, representado pelo sol. Para proteger sua pele das altas temperaturas e secura do clima desértico da região, os egípcios recorriam à gordura animal e vegetal, cera de abelhas, mel e leite no preparo de cremes para a pele.


Os faraós usavam máscaras de beleza, e, pela sua crença de reviver após a morte, tinham cuidados para permanecerem belos depois de morrer Existem registros de historiadores romanos relatando que a rainha Cleópatra frequentemente se banhava com leite para manter pele e cabelos hidratados, e para se maquiar, utilizava o KOHL que é uma espécie de pigmento preto nos olhos e que hoje conhecemos como delineador, ficando conhecida por ser um grande símbolo femininos da História antiga e também pelo hábito de se embelezar com o uso da maquiagem.


(imagem: Pixabay)




Ao examinar a Bíblia, é possível encontrar muitos relatos do uso de cosméticos pelos israelitas e por outros povos do antigo Oriente Médio, como: a pintura dos cílios (de Jezebel) com um produto à base de carvão; os tratamentos de beleza e banhos com bálsamos que Ester tomava para amaciar sua pele; e a lavagem com vários perfumes e óleos de banho dos pés de Jesus, por Maria - irmã de Lázaro.


Os gregos e romanos foram os primeiros povos a produzir sabões, que eram preparados a partir de extratos vegetais muito comuns no Mediterrâneo, como o azeite de oliva e o óleo de pinho, e também a partir de minerais alcalinos obtidos a partir da moagem de rochas.

Atores do teatro romano eram grandes usuários de maquiagem, eles produziam um tipo de pasta misturando óleos com pigmentos naturais extraídos de vegetais (açafrão ou a mostarda) ou de rochas, e muitos morriam por intoxicação, pois muitos dos pigmentos minerais da época continham chumbo ou mercúrio em sua composição.

Na idade média , com a queda do Império Romano, após as invasões bárbaras, fez com que os banhos entrassem em declínio, apenas no Império Bizantino se manteve a tradição dos banhos. Por isso, temos hoje a expressão “banhos turcos”.

No século 10, os cabelos eram lavados não com água, mas com misturas de ervas e argilas, que limpavam, matavam piolhos e combatiam outras infestações do couro cabeludo.

No Século 13, com a epidemia de peste negra, os banhos foram proibidos, pois a medicina da época e o radicalismo religioso pregavam que a água quente, ao abrir os poros, permitia a entrada da peste no corpo. Durante os 400 anos seguintes, os europeus evitaram os banhos e a água era somente usada para matar a sede.

Lavar o corpo por completo era considerado um sacrilégio e o banho era associado a práticas lascivas.

Eles higienizavam as mãos, rosto e partes íntimas com pastas ou com perfumes, e as práticas de higiene eram mínimas, contribuindo para o crescimento do uso da maquiagem e dos perfumes.


O reconhecimento do benefício da higiene pessoal cresceu ao longo do século 19, as mulheres dessa época fabricavam cosméticos em suas próprias residências utilizando limonadas, leite, água de rosas, creme de pepino, pó de água de arroz, etc.


Na própria história do Brasil sobre o contato dos europeus com os povos indígenas, os portugueses se intrigavam com o hábito dos nativos de se banharem por diversas vezes ao dia, por isso foram influenciados sobre esse hábito de higiene.

Voltando para a Europa, em 1854 uma enfermeira que se chamava Florence Nightingale se destacou durante a Guerra da Criméia, quando a Inglaterra, França e Turquia enfrentaram a Rússia. Ela foi levada com uma equipe de enfermeiras ao campo de batalha para supervisionar os hospitais de assistência aos soldados ingleses.




Preocupada com o alto índice de mortalidade causado pelo tifo e pela cólera, ela concluiu que as doenças hospitalares estavam matando mais do que os campos de batalha. Começou a investigar e a coletar dados, aplicando alguns métodos, ela organizou registros, fez estatísticas, montou diagramas, e constatou que a responsável pela alta mortalidade dos soldados era a infecção pela condições precárias onde se alojavam os soldados e pela falta de higiene.


Com a aplicação da assepsia fez o número de mortes decrescer, com seu trabalho excepcional baseado em evidências, ela foi responsável pela diminuição de mais de 70% das mortes de soldados feridos em batalhas. Ficou conhecida como a dama da lâmpada, pois percorria as enfermarias dos batalhões e acampamentos durante a noite, com uma lanterna na mão visitando e cuidando dos doentes. Florence foi a criadora da enfermagem no mundo, deixando um legado de humanização e higiene.







 
 
 

Commentaires


Post: Blog2_Post

Deborah Bee 

Enfermeira da Beleza

Formulário de inscrição

Obrigado pelo envio!

Rua: Padre Anchieta, 2050Sala 1802 - Bigorrilho - Curitiba - PR

  • Facebook
  • LinkedIn
  • YouTube
  • Instagram

©2019 por Deborah Bee Eco Beleza. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page